Ainda que pareça fácil a separação entre as diversas personagens do cotidiano, ainda que todas elas exerçam sua função e encerrem o expediente, surjam e desapareçam nos instantes tais de obrigação /desobrigação, poderíamos dizer que é "impossível" não conservar nesta, reflexos daquela ou da outra.
Parece loucura?
Me refiro aos diversos papéis que desempenhamos no decorrer do dia! Não é loucura nenhuma...
Somos filhos, pais, amigos, colegas, profissionais, amantes, irmãos, terapeutas...
A cada momento do dia desempenhamos cada um de nossos papéis com um naturalidade tal, que nem nos parece que somos exatamente cada um deles, e sim, que somos apenas um, com diversas funções!
Algumas vezes (nesses momentos de conflito) duas ou mais dessas máscaras, desses desenhos sociais, acabam que se encontrando. E quando esse encontro acontece, o que soa estranho ao nosso "EU" que se entende solitário, acabamos ficando em dúvida, ou discutimos, nos deprimimos, não nos compreendemos!

Desdobrar-se entre o trabalho, a família, a faculdade, os amigos, os outros amigos, as atividades comunitárias, as saudades e as dúvidas, os outros-outros amigos... Não é brincadeira!
Claro que também é recompensador! Nada nisso é um drama...
O que pretendo pensar, o que venho a pensar, é nas guerreiras mulheres, nos bravos homens, que dividem seu tempo entre tantas atividades quantas nem tempo as têm...
Homens valentes, que fazem do mundo um lugar pra sentir-se saudade...
Pessoas de letras, de cores, de carinhos...
Mestres, amigos, pais e filhinhos!
O que é essa "engrenagem do relógio"?!
O que é senão aquela grande badalada que nos chama de volta e nos mostra que sem a ação o resultado pouco importa?!
Não são os frutos que fazem a diferença... É a árvore.