19 agosto 2006

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Não tenho mais. Já tive. Guardava no bolso de trás do meu jeans, num compartimento secreto da minha carteira, em algum lugar em que eu pudesse sacá-la rápido, num momento de desilusão. Ela era bem maior quando eu era criança, aí foi diminuindo com o passar dos anos. Mas ainda me sobrava alguma, esta que eu trazia comigo. Resquício do tempo em que eu acreditava que esperança servia pra alguma coisa...


(Martha Medeiros)