22 setembro 2006

Caixinha de Convivência





Ah, que temos no peito uma caixa, fechada como ostra – porque se abre quando necessário, deixando escapar esses Elementos, que a tornam tão importante para o ser.

Os elementos da caixa são, todos aqueles, indispensáveis para a... como podemos chamar? Convivência! Certo que nos referimos a convivência com essas “coisinhas”, sabe quais são: aquelas coisas pequenas, que andam “pelo mundo, prestando atenção em cores que eu não sei o nome”... Andam sobre aqueles filetes (alguns nem tão finos, diga-se de passagem!) e todos-todos se parecem tanto, de uma forma ou de outra. Ah, sim... Isso mesmo, os humanos.

Então, a convivência com esses 'humanos', ou deles com eles próprios é uma verdadeira astúcia da natureza. E se resume na tal da caixa.

A minha, pode-se afirmar, não há de ser uma caixa, no máximo será considerada uma caixinha, ou até mesmo uma daquelas que servem, nas surpresas de casamento, pra que o futuro noivo faça o pedido – a que transporta o anel...

Ainda assim, ela existe. E também transporta os 'Elementos'. Pois bem, falemos deles: quais, ao simples mortal, pareceriam ser as principais necessidades para que humanos pudessem conviver ou, ao menos, aturar-se?? Diríamos paciência, humor, tranqüilidade, perspicácia, inteligência, tolerância, humor de novo, boas doses de 'não-tô-entendendo' e algumas coisinhas mais...

Então: minha caixa existe, mas pude realmente estabelecer padrões de análise para dizer que se trata, na verdade, de uma micro-caixa. E os resultados, bem... Todos poderão entender aseguir.

Primeiramente, há de estabelecermos que existem, entre esses “humanos”, categorias, que se fixam entre os extremamente desagradáveis até os intensamente prazerosos (num sentido absolutamente intelectual).

Quando a tal caixinha se depara com esse último tipo, o processo de desgaste dos elementos pode, inclusive, se tornar imperceptível – visto que há a troca entre os indivíduos, restabelecendo os níveis de Elementos de Convivência em ambas as caixinhas. Assim, podemos (sim!) conviver com determinado ser humano, que esteja no nível mais elevado, por períodos de tempo até mesmo eternos, pois não haverá considerável desgaste no nível dos Elementos da caixinha.

O problema mesmo, está no nivel oposto, que desencadeiam a necessidade de intensificação no trabalho da caixinha, liberando nas mais diversas quantidades, os mais diversos tipos de Elementos de Convivência. Nesses casos, o tempo de exposição à seres humanos sem a possibilidade de causar algum transtorno maior pode ser reduzido drasticamente.

Há ainda, a necessidade de frisarmos que, quanto mais seres humanos estiverem em contato continuo e mútuo, mais rápido será o desgaste da caixinha e mais rapidamente o corpo haverá de sofrer com as consequências. Desta forma, uma exposição acentuada à seres humanos que estejam na escala de extremamente desagradáveis ou perto disso poderá ocasionar lesões irreparáveis.

Os primeiros sintomas são, geralmente, o cansaço e desconforto em relação ao ambiente e aos assuntos discutidos. Apesar disso, sobre forte exposição, podemos referir a ocorrência de distúrbios digestivos e forte desgaste mental – acarretando dores de cabeça, insônia ou sonolência e estresse.


Portanto, CUIDADO COM OS NÍVEIS DE INTERAÇÃO HUMANA!
Eles podem matar... :)



Laura Storch