...ele não falava inglês muito bem porque não havia saído de Chinatown desde que viera de Taiwan, pois não tinha nenhum motivo para fazer isso. Durante todo o tempo que conversei com ele, imaginei que havia água do outro lado da janela, como se estivéssemos dentro de um aquário. Ele me ofereceu uma xícara de chá e eu não estava muito a fim, mas bebi do mesmo jeito, só por educação. Perguntei se ele realmente amava Nova York ou se estava apenas vestindo a camiseta. Ele sorriu, como se estivesse nervoso. Deu pra ver que ele não havia entendido, o que por algum motivo me fez me sentir culpado por falar inglês. Apontei para a sua camiseta "Você. Realmente. Ama. Nova. York?" Ele disse "Nova York?" Eu disse "Sua. Camiseta." Ele olhou para a camiseta. Apontei para o N e disse "Nova", depois para o Y e disse "York". Ele pareceu ficar confuso, ou envergonhado, ou surpreso, ou talvez até mesmo brabo. Eu não sabia dizer o que ele estava sentindo porque não falava a língua de seus sentimentos. "Eu não saber ser Nova York. Em chinês, ny querer dizer 'você'. Eu achar ser 'Eu amo você'."
Foi então que notei o cartazna parede e a bandeira
em cima da porta, e os panos de prato
, e a lancheira
sobre a mesa da cozinha.
Perguntei "Bem, então por que você ama tanto todo mundo?"
Extremamente alto & Incrivelmente perto
SAFRAN FOER